O coronel Henrique Alves da Rocha, mais conhecido por Coronel Rocha, está de malas prontas para outra agremiação política. Depois de disputar a eleição em São Cristóvão para prefeito da cidade e não obter êxito, o militar da reserva decidiu migrar para outro partido.
Em entrevista ao Jornal da Manhã (Jovem Pan), o militante político revelou que deixará o Cidadania por não concordar com a posição política do senador Alessandro Vieira, presidente estadual do partido, que estaria se aliando ao grupo de oposição contra o governo Bolsonaro, segundo o coronel.
“O principal fator é que eu apoio o presidente Bolsonaro e o Cidadania parte para uma oposição, então seria incoerência com os meus princípios permanecer no partido que eu não vou poder votar no presidente nas eleições de 2022”, justifica, salientando que vai aguardar o novo parido do presidente Bolsonaro para providenciar sua filiação.
“Na realidade, eu estou esperando o presidente Bolsonaro decidir o partido que ele vai se filiar para que eu possa também me filiar, se não houver nenhum contratempo ai no meio do caminho”, observa.
Rocha acrescenta que todo o Cidadania e, não apenas o Diretório Estadual de Sergipe, decidiu fazer oposição sistemática ao presidente Bolsonaro, não lhe cabendo mais permanecer no partido.
“Todo o partido a nível nacional tem feito oposição sistemática ao presidente Bolsonaro, não é só Alessandro, mas os demais deputados federais e senadores, inclusive o próprio presidente do partido também, o Roberto Freire. Não me cabe mais no partido. Respeito todo mundo, mas o foco agora é a reeleição do presidente Bolsonaro e ver qual a linha que a gente vai seguir aqui a partir da definição da nacional e qual partido ele vai escolher”, diz.
Sobre a justificativa do senador Alessandro Vieira, de que as votações no Senado demonstram a independência do partido, Coronel Rocha discorda ao afirmar que o Cidadania tem se tornado oposição ao governo, independentemente da CPI da Pandemia, mesmo o senador ter votado em mais de 80% dos projetos governistas, em média.
“O partido é independentemente contra, né? Eu tenho acompanhado e a oposição é sistemática, é pública e notória, não precisa nem eu falar isso, todos sabem que existe uma oposição sistemática do Cidadania contra o governo Bolsonaro. Nem precisava existir a CPI para saber que o Cidadania era oposição”, lamenta.
Coronel Rocha também critica o que ele classifica de política rasteira contra o governo bolsonarista.
“A oposição ao governo federal se faz através da política e não através de votar contra por votar contra. Isso aí é política muito rasteira. Tem que votar de acordo com o interesse público”, conclui.
Coronel Rocha ainda conclamou os líderes bolsonaristas em Sergipe a se unirem em prol da reeleição e do fortalecimento do presidente Bolsonaro e da eleição de nomes do grupo para o Senador Federal, Câmara dos Deputados, Governo do Estado e Assembleia Legislativa.
Por Redação
Foto: Divulgação
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