Com acumulado de 402 milímetros de chuva, Aracaju ultrapassa a média histórica no mês de abril

No mês de abril, Aracaju bateu recorde no acumulado de chuva para o período. Foram 402 milímetros (mm), ultrapassando a média histórica para todo o mês, que é de 193 mm.

O volume também é superior quando comparado com os três anos anteriores, 2023, 2022 e 2021, onde foram registrados 241 mm, 243 mm e 202 mm, respectivamente, índices também acima da média.

De acordo com a Secretaria Municipal da Defesa Social e Cidadania (Semdec), foram contabilizadas 165 ocorrências no mês passado, aumento de 91,9% em comparação com o mesmo período de 2023, com destaque para o crescimento do registro de alagamentos (46), que triplicou, e para o registro de ocorrências de avaliação de riscos de colapso estrutural (81), que aumentou uma vez e meia.

Ainda segundo a Semdec, 49,1% das ocorrências no mês de abril deste ano foram de avaliação de risco estrutural (11). Além disso, foram emitidos cinco alertas para chuvas fortes, o mesmo quantitativo registrado em 2023, porém, com número de ocorrências em quantidade significativamente maior.

Já o bairro que teve maior número de solicitações foi o Santa Maria (9,3%), seguido por: Cidade Nova (8,7%), Porto Dantas (7,5%), 18 do Forte e Industrial (5,6%) e Santos Dumont (5,0%).

Maio chuvoso

A previsão é de mais precipitações. Isso porque o mês de maio, que acabou de se descortinar, é historicamente o mais chuvoso do ano. Somente nas últimas 24h, o índice pluviométrico foi de 66 mm, podendo chegar, no acumulado, a 72 mm até às 12h desta sexta-feira, 3.

Apesar do significativo volume de chuvas que caiu sobre a capital na manhã de quinta-feira, dia 2, a normalidade foi restabelecida após o cessamento das chuvas, no final da manhã, com os canais limpos e funcionando plenamente, além de ruas sem alagamentos.

De acordo com o gestor da Semdec, tenente-coronel Silvio Prado, a previsão para todo o mês de maio é de 500 mm no acumulado.

“Maio é o mês que mais chove não somente em Aracaju. Há previsão de cerca de 500 mm no acumulado, muita chuva pela frente. Contudo, nós estamos preparados para enfrentar e atenuar possíveis transtornos à população”, afirma o gestor.

O secretário refere-se à boa capacidade de absorção de águas pluviais pelo sistema de drenagem da capital, que contribui para evitar transtornos à população, tornando a capital uma cidade resiliente. No entendimento do tenente-coronel, a resistência se dá em função de ações preventivas realizadas pela Prefeitura nos últimos anos, que vão desde obras de infraestrutura à limpeza de canais, bueiros e até mesmo inspeções pontuais da Defesa Civil em locais considerados de risco ou de vulnerabilidade social.

“De 2017 para cá, a Prefeitura vem realizando obras importantes para a melhoria da drenagem pluvial e esgotamento sanitário da cidade, a exemplo da avenida Euclides Figueiredo que, na minha opinião, foi a grande obra de drenagem deste governo. Paralelamente a isso, a Prefeitura faz o processo de limpeza da rede de drenagem urbana todos os dias, principalmente nos pontos mais críticos de alagamento da cidade, para ter uma velocidade de escoamento mais próxima da velocidade com que a chuva cai. Logo que a chuva diminui, vemos as ruas desalagadas, prova que a rede de drenagem está limpa e com maior poder de absorção”, afirma o gestor.

Comitê de Crise

Com o objetivo de enfrentar e mitigar os efeitos das chuvas, a Prefeitura de Aracaju segue atuando preventivamente. Por meio do Comitê de Gerenciamento de Crise, coordenado pelo prefeito Edvaldo Nogueira, há um trabalho contínuo entre pastas estratégicas, a exemplo da Semdec, com o intuito de monitorar áreas de risco.

Além da vigilância da Defesa Civil, equipes das empresas municipais de Serviços Urbanos (Emsurb) e de Obras e Urbanização (Emurb), assim como a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) e Secretaria de Assistência Social atuam em toda a cidade, seja na manutenção do sistema de drenagem ou mesmo para auxílio de motoristas, pedestres e moradores de áreas potencialmente com risco de inundações ou deslizamentos de encostas.

“O Comitê é integrado com os órgãos que trabalham diretamente na minimização dos possíveis impactos provocados pelas chuvas, tanto na forma preventiva, com obras de drenagem urbana, dragagem de rios, como no Rio Poxim, limpeza de canais. A Prefeitura faz esses serviços desde o início do ano, mas esse trabalho é intensificado neste período de chuva”, contextualiza o gestor.

O secretário reforça que a resposta aos atendimentos à população, nos momentos críticos, é imediata.

“O Comitê trabalha fazendo o atendimento a essas ocorrências, por meio da Defesa Civil, fazendo desobstrução de canais e bueiros, retirada de árvores que, eventualmente, caem em residências. Fazemos a avaliação de risco de estrutura de casas, risco de deslizamento de terras, áreas com risco de inundações, notadamente na região da Jabotiana, por conta do rio Poxim. A Defesa Civil contribui com essa parte técnica, a Assistência Social com o acolhimento de pessoas que não tenham local ou abrigo para ir, colocando-as em local seguro, a SMTT faz reordenamento de tráfegos, em áreas alagadas. Depois que passa o período, a gente faz a reparação de possíveis impactos, como tapa buracos, reparo em estruturas, tudo para que a normalidade social volte o mais rápido possível”, explica o coronel.

Por Agência AAN
Foto: PMA

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