Aracaju está em médio risco de infestação de Aedes, tem sete bairros com alto risco de surto ou epidemia e 214 casos confirmados de arboviroses. Esses foram alguns dos dados apresentados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), durante coletiva, nesta sexta-feira, 3, sobre Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRA) realizado no mês de maio. Comparado com março, mês do primeiro LIRA deste ano, houve avanço de 4,5% no índice, passando de 2,2% para 2,3%.
O LIRA descreve o índice de infestação predial e mapeia os principais criadouros do mosquito nos bairros da capital. O Levantamento de Índice de Infestação pode ser classificado em três níveis: baixo (até 0,9%), médio (de 1,0% a 3,9%) e alto (acima de 4,0%). Em março de 2021, a capital apresentou índice de infestação de 1,1%. Em março deste ano, o índice passou para 2,2%, um aumento de 100%.
“A capital permanece na classificação considerada de médio risco para o aparecimento de surtos ou epidemias e registrou, este ano, 118 casos de dengue, 94 de chikungunya e dois de zika. Quando se compara o número de casos de arboviroses (doenças causadas pelo aedes), entre janeiro e maio de 2021 e 2022, houve aumento de 268% de dengue e redução de 40,12% de chikungunya. Já de zika, a redução foi de 66,66%”, explica a secretária da Saúde, Waneska Barboza.
Registro de casos em alerta
Durante a coletiva, a secretária informou que Aracaju já registrou 32 casos de dengue, que evoluíram para os sinais de alerta, e três que evoluíram para forma grave.
“Para que não ocorram óbitos, é necessário trabalho conjunto entre SMS e sociedade, já que a maior parte dos criadouros está em domicílios”, destaca Waneska. De acordo com a diretora de Vigilância e Atenção à Saúde (DVAS), Taise Cavalcante, é preciso que a sociedade fique ainda mais em alerta nesse período de chuvas.
“Com a chegada das chuvas, nós temos o acúmulo de água em pequenos depósitos. O foco do mosquito nesses locais é eliminado mecanicamente, seja lavando ou limpando. A população precisa colaborar conosco, evitando acúmulo de água em recipientes, recebendo nossos agentes”, enfatiza.
Bairros
Dos 43 bairros de Aracaju, oito estão classificados em baixo risco (satisfatório), 28 estão em médio risco (alerta), e sete bairros estão classificados como alto risco de surto ou epidemia, que são: Santo Antônio, Japãozinho, Luzia, Ponto Novo, Pereira Lobo, Porto Dantas e Cidade Nova. O bairro chamou atenção por, em março, registrar índice de 0,6, considerado baixo, e neste de maio ter passado para alto risco, com índice 4,1. Já os depósitos domiciliares, como vasos, pratos de plantas, ralos, lajes, sanitários, seguem sendo os principais criadouros de mosquito, com 40,4% de incidência.
Ações e cronograma da semana
A SMS realiza ações semanais de combate ao aedes como fumacê costal, mutirão de limpeza e visitas domiciliares. Porém, é necessário a participação da população para eliminar os focos de mosquito, realizando a limpeza de reservatórios de água e evitando acúmulo de entulho e de lixo.
Segundo o gerente do Programa Municipal do Aedes aegipty, Jeferson Santana, em continuidade ao trabalho de combate ao mosquito, a SMS segue realizando, entre os dias 7 e 11, duas ações importantes no combate ao Aedes: aplicação do fumacê costal e o mutirão da limpeza.
Na terça-feira, 7, as equipes realizarão aplicação do fumacê costal no bairro Novo Paraíso. Na quarta-feira, 8, é a vez de o bairro Ponto Novo receber as equipes do fumacê. Na quinta-feira, 9, as equipes farão esse mesmo trabalho no bairro Santo Dumont. No sábado, 11, em parceria com a Emsurb e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, acontecerá o mutirão da limpeza no bairro Japãozinho.
Por Agência AAN
Fotos: Divulgação
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