CNBB rompe o silêncio e cobra apuração das graves denúncias de corrupção no Ministério da Saúde

Com as graves denúncias de possíveis atos de corrupção no Ministério da Saúde, na compra de vacinas, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma nota pública nesta sexta-feira (9), protestando e cobrando apuração rigorosa e punição dos responsáveis.

“A gravidade deste momento exige de todos coragem, sensatez e pronta correção de rumos”, afirmam os bispos católicas que integram a direção da CNBB.

No documento, a instituição reafirma, por meio de sua presidência, a necessidade de “defender as vidas ameaçadas, os direitos respeitados e a restauração da justiça, fazendo valer a verdade”.

Na avaliação da CNBB, a sociedade democrática brasileira está atravessando um dos períodos mais desafiadores da sua história.

“A trágica perda de mais de meio milhão de vidas está agravada pelas denúncias de prevaricação e corrupção no enfrentamento da pandemia da Covid-19”, diz um trecho da nota.

A CNBB, na nota, “apoia e conclama as instituições da República para que, sob o olhar da sociedade civil, sem se esquivar, efetivem procedimentos em favor da apuração, irrestrita e imparcial, de todas as denúncias, com consequências para quem quer que seja, em vista de imediata correção política e social dos descompassos”.

“Ao abdicarem da ética e da busca do bem comum, muitos agentes públicos e privados tornaram-se protagonistas de um cenário desolador, no qual a corrupção ganha destaque”, diz outro trecho da nota.

O documento é assinado pelo arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da CNBB; Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, 1º vice-presidente; Dom Mário Antônio da Silva, bispo de Roraima, 2º vice-presidente, e Dom Joel Portella Amado, bispo auxiliar do Rio de Janeiro, secretário-geral da entidade máxima da Igreja Católica no Brasil.



Por Redação
Foto: CNBB/Divulgação

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