Cientista afirma que Valmir engana eleitores ao manter candidatura e que maioria deve migrar para Rogério

A defesa do ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL,) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar suspender a decisão do pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que cassou seus direitos políticos e o mandato do deputado estadual Talysson de Valmir. O objetivo do documento jurídico impetrado no STF é tornar sem efeito a decisão do TSE e, com isso, permitir que Valmir dispute a eleição para governador de Sergipe.

O pré-candidato do PL tem afirmado em entrevistas à imprensa que continua na disputa pelo Governo de Sergipe até decisão final da Suprema Corte.

“Estamos aqui para tranquilizar a todos, nossa pré-candidatura está mantida. Nós iremos definir com nosso agrupamento o dia da nossa Convenção, que faremos no início de agosto. É ampliar a base de apoio buscando uma composição com outro agrupamento e partidos políticos”, salienta Valmir, que não descarta a possibilidade da vereadora Emília Correia (Patriota) ser sua substituta na disputa pelo governo estadual, caso o STF confirme a decisão do TSE, o mantendo inelegível pelos próximos oito anos.

“Emília é uma admiradora do nosso trabalho. Ela viu de perto o trabalho realizado no município de Itabaiana, com decência, respeito, seriedade, honestidade, acima de tudo, porque um político não faz 86% de aprovação de município grande, como Itabaiana, sem ter feito uma excelente administração. Ela foi lá e viu de perto, mas está sendo cotadíssima, não tem martelo batido”, observa.

Engana o eleitorado

De acordo com especialistas da área política, consultados pelo Hora News, a manutenção da pré-candidatura de Valmir ao governo pode ser prejudicial para ele e seu próprio grupo político. Para o cientista político Carlito Neto, o ex-prefeito usa uma estratégia de marketing política para tentar passar uma falsa segurança para seu eleitorado, e assim, valorizar o passe e nas vésperas da eleição negociar sua adesão a um dos candidatos.

“Na verdade, o que Valmir está fazendo é usando de uma estratégia política para segurar o seu grupo unido, mas principalmente os seus eleitores, e com isso, valorizar o passe para lá na frente, às vésperas da eleição, negociar seu apoio a um dos candidatos. Ele sabe que pela decisão do TSE a candidatura dele não existe mais, aliás, ele já estava inelegível desde a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe, que cassou os direitos políticos dele. O TSE apenas confirmou a decisão da segunda instância. Na minha opinião, isso é enganar seus eleitores e a sociedade”, explica o cientista político.

Com Valmir fora da disputa, Carlito avalia que a tendência é que os eleitores do ex-prefeito se dividam entre os quatro principais pré-candidatos: Rogério Carvalho, Fábio Mitidieri, Alessandro Vieira e João Fontes.

“Pelo perfil de Valmir, que é um político popular, num estilo muito parecido com o Lula, acho que a tendência de seu eleitorado é se dividir entre Rogério, Fábio, Alessandro e João Fontes, sendo que a maioria deve migrar para Rogério. Até porque Lula ganha em Itabaiana, e como Rogério tá muito associado a Lula, essa então é a tendência. Já o pequeno grupo de bolsonaristas mais radicais, que também o apoia, deve mudar para João Fontes, que é um candidato bolsonarista”, conclui.

Valmir de Francisquinho e o filho dele, o deputado estadual Talysson da Costa, foram derrotados no recurso ordinário interposto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no dia 23 de junho, e estão inelegíveis por oito anos.

Por Redação
Foto: Divulgação

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