Braço direito de Cid e Ciro Gomes é alvo de Operação da Polícia Federal

Uma Operação da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta quinta-feira (3), denominada ‘Onzenário’, investiga suposto conluio entre agentes públicos estaduais, ex-gestores de instituições financeiras e empresários, no período de 2008 a 2014, que teriam atuado no direcionamento ilícito de operações de crédito consignadas em folha dos servidores do Governo do Ceará.

O ex-secretário da Casa Civil do Governo do Ceará, na gestão Cid Gomes (2007-2015), Arialdo Pinho, atual secretário de Turismo do Governo Camilo Santana, é um dos alvos da operação policial. Arialdo é amigo pessoal e braço direito da família Gomes – Cid e Ciro -, além de fundador do Beach Park de Fortaleza. Ele teve a casa vasculhado pela PF. Já o genro dele, que é empresário e contador, foi alvo de um mandado de prisão.

Os policiais federais cumprem quatro mandados de prisão temporária e fazem 26 buscas em endereços no Ceará, São Paulo e Bahia. As ordens foram expedidas pela Justiça Federal que ainda bloqueou valores em contas bancárias dos investigados.

Em nota à imprensa, a PF afirma que a investigação identificou ‘fluxo intenso de capitais obtidos de forma criminosa em prejuízo dos servidores públicos estaduais, através de investimentos, aquisições imobiliárias e simulação de aquisição de cotas de sociedade empresarial, em engenhoso esquema de corrupção e lavagem de capitais’.

Ainda, segundo a Polícia Federal, “os indícios apontam participação de um secretário de Estado da Casa Civil do Estado do Ceará à época dos fatos em apuração. Há também indícios de atuação do genro desse secretário de Estado à época, gestor de uma das empresas que movimentou mais de R$ 600 milhões nas operações de crédito sob investigação”.

Os investigadores apuram possíveis crimes de associação criminosa, corrupção e fraude em licitação, além de delitos contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro. Para a Polícia Federal, os atos criminosos suspeitos resultaram em enriquecimento ilícito de servidores públicos, ex-gestores de instituições financeiras e empresários investigados pela operação.

O nome da operação, ‘Onzenário’, segundo a PF, ‘remete a agiotagem ou cobrança extorsiva de juros’.





Por Redação
Foto: PF/Divulgação

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