Bolsonaro cancela 8 mil radares em rodovias. Acertou ou errou o presidente?

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) determinou neste domingo (31) o cancelamento de 8 mil novos radares que estavam em fase de instalação nas rodovias federais, inclusive em Sergipe.

Segundo Bolsonaro, a instalação de radares nas rodovias brasileiras visa apenas aumentar a arrecadação financeira do estado.

“Após revelação do Ministério da Infraestrutura de pedidos prontos de mais de 8.000 novos radares eletrônicos nas rodovias federais do país, determinei de imediato o cancelamento de suas instalações. Sabemos que a grande maioria destes tem o único intuito de retomo financeiro ao estado”, justificou o presidente em sua conta no twitter, acrescentando que revisará todos os contratos de radares quando da renovação das concessões de trechos rodoviários.

De acordo com o presidente, os aparelhos eletrônicos servem mais para enriquecer alguns em detrimento da paz do motorista.

“Ao renovar as concessões de trechos rodoviários, revisaremos todos os contratos de radares, verificando a real necessidade de sua existência para que não sobrem dúvidas do enriquecimento de poucos em detrimento da paz do motorista”, conclui.

Opiniões divergentes

Para alguns especialistas do trânsito consultados pelo Hora News, a medida do presidente vai contribuir para aumentar os acidentes nas rodovias federais. Sem os aparelhos eletrônicos nas rodovias, muitos motoristas desenvolverão velocidades acima da permitida, aumentando o risco de acidentes.

Já os motoristas, principalmente caminhoneiros, agradecem pela inciativa do presidente. Muitos se dizem lesados pelo poder público, pois avaliam que os radares não educam e servem apenas para taxar ainda mais os profissionais do volante, que já sofrem com o alto preço dos combustíveis e as péssimas condições das estradas.

Os motoristas também argumentam que as empresas concessionárias instalam radares em alguns trechos rodoviários impondo velocidade máximo de 40 km ou 60 km, mesmo sabendo ser impraticável. Segundo um caminhoneiro entrevistado pelo Hora News, essa medida é adotada apenas para arrecadar dinheiro dos motoristas.


Pela Redação
Foto: Adriano Abreu

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