A Petrobras anunciou nesta quinta-feira mais um aumento nos preços da gasolina e do diesel em suas refinarias, o 3º reajuste do ano. O novo reajuste é de 10,2% para a gasolina e de 15% para o diesel. Somente em 2021, a gasolina já acumula alta de 34% e o diesel, de 27%.
Não nos interessa se o aumento partiu do governo ou da Petrobras, se o governo tem poderes ou não para interferir na política dos combustíveis, até porque na campanha política ninguém falava em aumentar os preços dos combustíveis, pelo contrário, o discurso e a promessa eram de reduzir os preços desses combustíveis como forma de evitar a alta dos preços em geral e melhorar a economia do país, evitando o retorno da inflação.
Porém, o que vemos na prática é uma política econômica de arrocho e a conta sendo colocada no bolso dos trabalhadores e dos micro e pequenos empresários, que já sofrem com altos impostos e taxas nas três esferas de governo.
Até quando vamos pagar a conta daqueles que saquearam a Petrobras, que apesar de todos os escândalos continua mais rica do que nunca? Vamos ajudar a encher ainda mais os cofres dos rentistas, do capital internacional, até quando?
A justificativa de que se trata da política internacional de preço e de que a Petrobras tem autonomia para aplicá-la, não engana mais a população brasileira, que já está em seu limite diante da hipocrisia deste governo. O brasileiro não quer saber de “droga” de política internacional, quer é que o preço caia e que se faça justiça social, porque esses aumentos abusivos são verdadeiros assaltos ao bolso do consumidor.
O presidente Jair Bolsonaro, que prometeu ser diferente dos outros governos, precisa ter coragem para romper com esse sistema perverso que só penaliza os pequenos. Como enxergar uma luz no fim do túnel se o presidente é refém das forças que patrocinaram o golpe de 2016 e mudaram a política de preços da Petrobrás?
Para mostrar que seu governo é diferente dos demais e que tem compromisso com uma economia justa e igualitária, o presidente precisa romper com este sistema internacional de preços, que só interessa aos rentistas e o capital internacional, e tomar uma decisão governamental que iniba de uma vez por todas esses aumentos exorbitantes. Ao contrário, ficará na história como sendo mais um fanfarrão que passou pela Presidência da República.
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