Associação de Juristas Católicos condena declaração da presidente do Conselho dos Direitos da Mulher contra as igrejas cristãs

A Associação de Juristas Católicos da Arquidiocese de Aracaju (AJUCAT) publicou, nesta terça-feira, 12, uma nota de repúdio contra declarações da presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Iza Moura. Durante sessão especial da Câmara Municipal de Aracaju, no dia 6 de dezembro, ela afirmou que padres e pastores de igrejas cristãs são os principais responsáveis pela violência contra a mulher. 

Em resposta, a AJUCAT assinala que tais declarações, além de infundadas, fomentam o ódio religioso, “foram prejudiciais e carecem de qualquer embasamento científico”. Para os juristas, “as instituições religiosas cristãs também desempenham um papel relevante na sociedade brasileira, e, como qualquer organização composta por seres humanos, estão sujeitas às imperfeições individuais”. 

A nota de repúdio também assevera que “as instituições religiosas cristãs não apoiam qualquer forma de violência ou discriminação e, como tal, merecem ser abordadas com respeito”. 

Para a AJUCAT, “atacar as religiões através de discursos que estimulam o ódio não contribui para um diálogo construtivo sobre a erradicação desses problemas sociais. Em vez disso, é mais democrático e produtivo buscar formas de promover a igualdade de gênero e a segurança das mulheres, respeitando a diversidade de crenças e valores presentes em nossa sociedade”. 

Confira a nota na íntegra.

Nota de juristas católicos contra declarações da presidente do Conselho dos Direitos da Mulher

A Associação de Juristas Católicos da Arquidiocese de Aracaju – AJUCAT, vem expressar seu REPÚDIO e preocupação em relação aos recentes comentários da Sra. Iza Moura, Presidente Estadual do Conselho de Direito das Mulheres de Sergipe, durante a sessão do dia 06 de dezembro deste ano na Câmara de Vereadores de Aracaju. 

Ao discursar sobre a violência contra as mulheres, temática de necessária e carente de abordagens e resoluções, a Sra. Iza excedeu seus argumentos quando proferiu acusações aos pastores e padres das igrejas cristãs. A mesma, generalizando, imputou a responsabilidade deste grupo como os principais responsáveis pela violência contra mulher e, não obstante, alegou que os terreiros estavam dispostos a curar as feridas causadas às mulheres e à sociedade, perpetuando estereótipos prejudiciais e ofendendo as instituições religiosas cristãs. 

No entanto, tais declarações feitas na tribuna do Poder Legislativo municipal, além de infundadas, foram prejudiciais e carecem de qualquer embasamento científico. Desse modo, ao contrário dessas ilações argumentativas, ressaltamos que as instituições religiosas cristãs também desempenham um papel relevante na sociedade brasileira, e, como qualquer organização composta por seres humanos, estão sujeitas às imperfeições individuais. 

Ressaltamos ser crucial a responsabilidade das falas que são realizadas no âmbito do Poder Legislativo Municipal como plataforma para fomentar o ódio religioso. Ademais, é importante dizer que as instituições religiosas cristãs não apoiam qualquer forma de violência ou discriminação e, como tal, merecem ser abordadas com respeito. 

Portanto, atacar as religiões através de discursos que estimulam o ódio não contribui para um diálogo construtivo sobre a erradicação desses problemas sociais. Em vez disso, é mais democrático e produtivo buscar formas de promover a igualdade de gênero e a segurança das mulheres, respeitando a diversidade de crenças e valores presentes em nossa sociedade.

 

Aracaju (SE), 12 de dezembro de 2023.
Cúria Metropolitana de Aracaju

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