As sacolinhas plásticas pararam de ser distribuídas no dia 4 de abril em São Paulo. Contudo, o fim das sacolas trouxe outro problema. Os clientes desprevenidos, que não levam as sacolas retornáveis e não querem pagar pelas biodegradáveis, estão furtando as cestinhas dos mercados da capital paulista, como mostrou o SPTV desta quarta-feira (18).
Desde que os mercados anunciaram o fim das sacolinhas plásticas, o furto de cestinhas aumentou muito. O gerente de um supermercado ouvido pela reportagem contou que elas praticamente sumiram da loja. Os clientes também têm levado o carrinho de compras.
Alguns supermercados até estudam colocar sensores emitam alarmes quando a pessoa tentar sair levando as cestinhas. Em um mercado da Zona Sul de São Paulo, várias cestinhas foram levadas, além de carrinhos e engradados para levar compras para domicílios.
Os saquinhos para embalar frutas e verduras continuam sendo distribuídos de graça, mas ganharam outra função: levar as compras. Entre as alternativas para levar as compras para casa estão as sacolas de papel, ecobags, caixas de papelão, mochilas, sacolas retornáveis.
Suspensão
A suspensão da distribuição das sacolinhas descartáveis era discutida desde o ano passado. Em maio, a Associação Paulista de Supermercados (Apas) firmou acordo com a Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo prevendo a extinção da embalagem nos 1.250 supermercados representados pela entidade – entre eles as principais redes.
Segundo especialistas, as sacolinhas são uma ameaça à natureza porque podem levar 500 anos para se decompor. Elas acabam sendo descartadas de forma inadequada, poluindo a água e o solo.
A proibição do uso começou em janeiro de 2012. No entanto, os supermercados começaram a cobrar pela venda de sacolas biodegradáveis. O Ministério Público e o Procon intervieram. Foi determinado o fim definitivo da venda das sacolas biodegradáveis – porque também são descartáveis – e um prazo de dois meses para os consumidores se adaptarem. Algumas lojas criaram pontos específicos para retirada dessas caixas, que deverão continuar existindo.
Fonte: G1
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