A polêmica em torno da aprovação ou não do Proinvest continua. De um lado, o bloco governista que ver no projeto a garantia de um futuro melhor para as novas gerações, do outro, o bloco de oposição que aceita aprovar o projeto, desde quando sejam atendidas sugestões do grupo.
Nesta segunda-feira (28) mais um integrante do grupo liderado pelos irmãos Amorim voltou a conclamar o governador Marcelo Déda (PT) para o debate civilizado, como forma de atrair os deputados oposicionistas ao projeto.
O deputado federal André Moura (PSC), em entrevista ao Programa Liberdade Sem Censura (Liberdade FM), apresentado pelo radialista Evenilson Santana, deixou transparecer que seu grupo enxerga o Proinvest com bons olhos e que sua aprovação só depende de um entendimento com o governo do estado. André lembrou que a forma “autoritária” do governador impossibilitava o diálogo e o debate sobre o projeto.
“Marcelo Déda é o primeiro governador que tem minoria na Assembleia Legislativa. E por que isso? É por que os deputados das legislaturas anteriores eram subservientes ao governo? Não. É por que os ex-governadores tinham um diálogo próximo do parlamento, um diálogo respeitoso, um diálogo de conversar com o parlamento. O governador Marcelo Déda nunca teve esse diálogo, nunca teve essa aproximação, nunca procurou ter esse diálogo, sempre entendeu que por ser governador era ser imperador”, lembra André.
O parlamentar, porém, reconheceu que o gesto do governador Marcelo Déda em procurar o grupo Amorim para o entendimento sinaliza para a possibilidade de aprovação.
“Esse novo gesto do governador já sinaliza para essa possibilidade. O governador Marcelo Déda precisa agora atender aquilo que os deputados sempre solicitaram. Os deputados de oposição nunca foram contra o Proinvest, eles foram contra a forma que o governador queria aprovar o Proinvest”, observa o deputado.
Criticando o governo Albano Franco por não ter realizado nenhuma obra estruturante no estado com o dinheiro da venda da Energipe, o deputado observou que o governo Déda não pode cometer o mesmo erro.
“O cheque não pode ser em branco, tem que ser nominal, tem que ser direcionado. São tantos milhões para tal obra estruturante, e mais tantos milhões para tal obra estruturante. Dessa maneira tenho certeza que os deputados de oposição não vão criar objeção para aprovar o Proinvest. A gente não pode repetir mais um erro que foi repetido em Sergipe, por exemplo, há alguns anos atrás quando se vendeu a Energipe e você não encontra uma só obra estruturante que foi construída com o dinheiro da Energipe. Pelo menos eu não conheço”, criticou.
Por Paulo Sousa, da redação
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