O ex-deputado federal André Moura (PSC-SE), atual secretária da Casa Civil do Governo do Estado do Rio de Janeiro, foi citado numa reportagem da revista Veja desta semana, que aborda uma possível corrupção no governo fluminense, comandado por Wilson Witzel (PSC-RJ).
Na reportagem intitulada “Na Teia do Procurador”, o político sergipano é citado na matéria como sendo um dos operadores do governo em um esquema de corrupção denunciado por empresários presos, que negociam uma delação premiada junto ao Ministério Público do Rio.
Além de André Moura, a revista também cita o pastor Everaldo Pereira, presidente nacional do PSC, como outro suposto intermediário a negociar propinas com empresários que prestam serviços ao governo do estado.
Um dos empresários presos, é Arthur Soares, que denuncia a suposta cobrança de propina. Ele afirma que teria sido alvo de acharque ao tentar receber R$ 100 milhões do governo.
Em nota encaminhada aos órgãos de imprensa, o ex-deputado André Moura esclarece a denúncia do empresário e nega qualquer envolvimento em atos de corrupção no governo estadual fluminense.
“Cabe esclarecer que a área de compras de cada secretaria de Estado é responsável por liberar seus pagamentos e suspender os contratos com seus fornecedores. Portanto, o secretário da Casa Civil e Governança não tem gerência sobre contratos de outras pastas, como foi citado erroneamente na matéria”, explica o secretário André Moura, lamentando que a revista tenha dado crédito a um bandido.
“Não obstante, mesmo tendo tais informações, Veja preferiu creditar valor às ilações de um bandido, sem publicar qualquer prova material que as lastreie, senão, apenas, a sua própria palavra. Assim, restou-nos acionar a assessoria jurídica para reparar um texto que induz o leitor à avaliação deletéria e totalmente falsa do Governo do Estado do Rio de Janeiro”, critica André Moura em nota enviada ao Hora News.
NOTA À IMPRENSA
Merece reparos o texto de Veja desta sexta-feira, 22, com o título “Na teia do procurador”, sobre investigações em curso na PGR (Procuradoria-Geral da República) de uma delação premiada que supostamente comprometeria autoridades do Governo do Estado do Rio de Janeiro, onde exerço o comando da Secretaria da Casa Civil.
A matéria passa a impressão enganosa de que “denúncias” do empresário Arthur Soares, um notório bandido condenado a 200 anos de cadeia que busca desesperadamente obter delação premiada no Ministério Público Federal a fim de reduzir sua pena, podem ser levadas a sério. Neste sentido, aliás, a própria revista reconhece que “as tratativas com o MPF não avançaram porque os procuradores avaliaram que as provas apresentadas [pelo meliante] eram insuficientes, e por isso suspenderam as negociações”.
Conforme exposto no texto, jamais estive com Arthur Soares ou com qualquer pessoa ligada a ele. Ouvi falar de suas falcatruas e do envolvimento desonesto com governos passados através da IMPRENSA – a revista, aliás, erra ao colocar em minhas aspas o termo “empresa” no lugar de imprensa.
Veja também diz que o Governo Wilson Witzel, numa demonstração inequívoca de que busca sanear o rombo deixado pelos governos anteriores, a quem o falso delator era intimamente ligado, “conseguiu o bloqueio judicial de bens e valores de empresas e pessoas físicas envolvidas nas denúncias”.
Além disso, cabe esclarecer que a área de compras de cada secretaria de Estado é responsável por liberar seus pagamentos e suspender os contratos com seus fornecedores. Portanto, o secretário da Casa Civil e Governança não tem gerência sobre contratos de outras pastas, como foi citado erroneamente na matéria.
Não obstante, mesmo tendo tais informações, Veja preferiu creditar valor às ilações de um bandido, sem publicar qualquer prova material que as lastreie, senão, apenas, a sua própria palavra. Assim, restou-nos acionar a assessoria jurídica para reparar um texto que induz o leitor à avaliação deletéria e totalmente falsa do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
André Moura
Por Redação
Foto: Divulgação
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