“Ele foi um bom prefeito por que foi um prefeito popular, construiu escolas na periferia, pavimentou a periferia. Mas Deda foi um prefeito para a elite”
No Programa Comércio em Debate desta segunda-feira na Rádio Comércio, o deputado federal Almeida Lima respondeu as críticas do ex-prefeito João Augusto Gama e fez uma breve análise sobre as administrações de João Alves e Marcelo Deda. Surpreendendo a todos, Almeida chegou a classificar a gestão de Jackson Barreto como boa.
Questionado sobre os parquímetros no Centro de Aracaju, o ex-prefeito garantiu que nenhuma empresa será contratada para explorar o serviço de estacionamento público. Almeida também defendeu a regulamentação dos moto taxistas de Aracaju “Eu, prefeito de Aracaju nenhuma empresa vem pra cá se instalar para explorar parquímetro, em hipótese nenhuma. Não haverá parquímetro. Farei uma administração popular. Respeitarei o taxista por que quem sempre respeitou o taxista desta cidade fui eu, conversando com o taxista, discutindo com ele. O taxista comigo tinha vez. Também regulamentarei a profissão de moto taxista, votei a favor do projeto em Brasília e farei o mesmo aqui em Aracaju. Eu esperava que o prefeito de Aracaju tivesse autoridade para enfrentar as empresas e regulamentasse os moto taxistas. O moto taxista serve sim a população de Aracaju e ocupa muito pouco espaço. Os acidentes que tem acontecido em Aracaju não são praticados pelo moto taxista, e a população adota esse tipo de transporte. Se a moto não serve para o transito tire a moto de todo mundo, do particular e de todos”, criticou.
O parlamentar defendeu a continuidade dos equipamentos eletrônicos de fiscalização do trânsito, mas observou que o serviço não pode se transformar em uma caça níquel. Ele também questionou o limite de velocidade nas vias da capital sergipana e defendeu campanhas educativas como forma de conscientizar motoristas e pedestres. “Radares numa cidade é necessário, agora como meio de uma negociata, não. Você colocar numa rua 40km quando ali pode se permitir 60km ou 60km quando se pode permitir 80km, para atrapalhar o trânsito? Ai não. Você deve é estabelecer uma política de trânsito, aí sim. Eu nunca vi a prefeitura de Aracaju e a SMTT gastar dinheiro na imprensa para campanha educativa. Então, é preciso fazer a campanha educativa. O que precisa é bom senso e boa gestão”, defendeu.
Shopping Center
Na entrevista concedida a emissora web, Almeida Lima anunciou a transformação dos calçadões de Aracaju em um shopping center, caso seja o candidato do PPS e eleito prefeito de Aracaju. “O shopping no centro de Aracaju será uma grande doçura, bela, aconchegante para a população e com segurança. Em determinada hora do dia, já à noite, você fecha os seis pórticos: Rua João Pessoa, no Pálace e no final na Caixa Econômica. Você fecha a Laranjeiras, na Rua da Frente e nos Correios, e fecha a São Cristóvão nos dois pontos: Itabaianinha e na Avenida Rio Branco. Deixa a Guarda Municipal circulando dentro com um sistema de vigilância através de câmeras, para poder acompanhar o que está acontecendo nessas ruas, juntamente com a Polícia Militar. Eu não sei por que Aracaju não pode ter no Centro um shopping para agregar toda a população”, anunciou.
Pinóquio
Referindo-se a entrevista concedida a Rádio Comércio pelo ex-prefeito João Augusto Gama, na qual fez várias críticas a sua administração, o deputado classificou o ex-prefeito de Pinóquio e justificou o atraso de salários no final de sua gestão. “Eu não vou dá atenção ao que Gama disse na Rádio Comércio por que quem já deu a resposta a ele foi o povo. Ele não teve coragem de sair nem para ser candidato a reeleição de prefeito, exatamente pela desgraceira que ele tinha feito em Aracaju. Depois ele saiu candidato a senador, disputando comigo, e foi o quinto colocado. Portanto, é um político que não existe. Veja como o nariz dele está crescendo, é um Pinóquio. Procure saber dos servidores da prefeitura quem é que o servidor gosta. Se dele ou da minha administração. Eu não vou dá atenção a um cidadão que botou nas ruas os garis, que foram fazer greve na porta dele. Procure saber se ele hoje pode passar na porta da prefeitura e cumprimentar os servidores. É por isso que eu disse no Universo Político que ele é um homem, um político morto”, sentenciou.
Rebatendo as denúncias de João Augusto Gama, o parlamentar disse ter recebido a prefeitura com uma dívida milionária com o Sepuma, paga por sua gestão. Almeida citou o 5º dia útil do mês como prazo final para pagamento da folha como forma de justificar a época o atraso do salário dos servidores. “Quando eu cheguei à prefeitura a receita era de R$ 2, 9 milhões. Eu encontrei um débito do estatuto do Sepuma com mais de R$ 6,5 milhões, e eu paguei. Quem deu aumento ao servidor municipal fui eu. Gama quando entrou tinha 20% para pagar e ele não pagou e que ainda é objeto de cobrança judicial por que nenhum deles efetuou o pagamento que foi concedido. Agora ele e o amiguinho dele quiseram tumultuar o final da minha gestão, mas eu tive peito suficiente para terminar a minha gestão comandando. Salário que ficou em atraso não é atrasado. Todo mundo sabe que você pode pagar até o 5º dia útil do mês seguinte. O 5º dia útil do mês seguinte, dezembro, é janeiro. Janeiro eu não era mais prefeito, quem tinha que pagar era ele mesmo. Ele é resultante da própria mentira”, justificou.
Almeida relembrou que Gama e Jackson Barreto tentaram prejudicar sua administração, assim como fizeram com a gestão Wellington Paixão, segundo ele, jogando lixo nas ruas para prejudicar o ex-prefeito. “No final da minha gestão ele e Jackson Barreto, que já tinham ganhado a eleição, mas eu ainda era o prefeito, foram tumultuar a minha gestão. Como o próprio Jackson fez na gestão de Wellington Paixão. Jackson saiu pelas ruas com amigos dele soltando lixo às escondidas para dizer que Wellington tinha deixado lixo nas ruas. A mesma coisa Gama e Jackson tentaram fazer na minha gestão”, denunciou.
Mobilidade urbana
O pré-candidato a prefeito de Aracaju pelo PPS também abordou o tema mobilidade urbana em Aracaju. Criticando uma das principais obras do então prefeito Marcelo Deda, o deputado explicou o que poderá fazer para melhorar o trânsito da cidade. “Nós temos que ter um corredor de transporte coletivo a partir do mercado central pela Coelho e Campos, pegando a Rio de Janeiro sem aquele trilho. Pegando inclusive a Avenida São Paulo e não aquele arremedo que o prefeito Marcelo Deda fez e que por conta daquela obra ele vai se tornar inelegível por que não é ficha limpa. Ele respondeu e teve que pagar multa ao Tribunal de Contas da União por aquela obra mal feita. Eu nunca respondi a um processo. Eu sou ficha limpa. João Gama é ficha suja, ele teve que pagar multa no Tribunal de Contas da União por conta de merenda escolar. Eu fui agredido por ele que veio pra cá contar mentira, lorota. A minha vida é diferente”, observou.
Aliança com João
Sobre a possibilidade de uma possível aliança com o ex-governador João Alves Filho, o parlamentar descartou qualquer possibilidade. Almeida disse que aliança com João é queimar seu discurso e aconselhou o ex-governador ir para casa concluir seus livros. “Não há nenhuma possibilidade de aliança com João. Eu não vou queimar o meu discurso. Eu preciso fazer acordo é com povo, é com a população de Aracaju. João Alves não representa esperança nenhuma mais para o povo de Sergipe, nem de Aracaju. O que João deve fazer é o que a senadora, a mulher dele sugeriu, que saiu publicado no Jornal Cinform. João, o que você tinha que fazer por Sergipe você já fez. Vá pra casa acabar de escrever os seus livros. Quem disse isso não fui eu não, foi dona Maria, a esposa dele. Jozailto Lima foi quem escreveu e publicou. Então qual é a esperança que João representa? O que ele tinha pra fazer ele já fez. E olhe que se eu tiver que fazer uma crítica em várias obras que ele fez, tenha paciência, ele não vai gostar. Então, eu não tenho que fazer nenhum acordo com João, e muito menos com Deda e com ninguém. Existe uma conta corrente político-eleitoral entre eu e João Alves. Conta corrente de crédito e de débito. E nessa conta corrente eu sou credor, devedor é João Alves. Ele, quando votou comigo para senador em 2002, é por que ele não cumpriu o acordo e me traiu em 2000 para prefeito de Aracaju. Por que em 98 ele assumiu o compromisso para eu votar nele para governador contra Albano Franco. Votei sob a promessa que ele votaria comigo em 2000 para prefeito e ele não votou. Tive o apoio dele como ele teve o meu apoio”, se defendeu.
Jackson: bom prefeito
Na entrevista ao jornalista Paulo Sousa e ao radialista Robson Santana, Almeida Lima criticou os elogios de Nilson Lima aos ex-prefeitos João Alves e Marcelo Deda, classificados por ele, em entrevista na própria emissora, como os melhores prefeitos dos últimos 30 anos, incluindo Almeida. O pré-candidato disse respeitar a opinião de Nilson Lima, mesmo não concordando com sua análise. Surpreendendo a todos, o deputado afirmou que Nilson teria acertado se tivesse citado o ex-prefeito Jackson Barreto, tido por ele, Almeida, como um bom prefeito. “Não, não concordo em absoluto. Esse é o pensamento do meu companheiro de partido, presidente do partido. Você não pode buscar uma referência da administração de João lá na ditadura militar e que trabalhava com recursos a fundos perdidos. E se nós formos verificar as avenidas que ele abriu na época, são essas avenidas que estão criando o problema da mobilidade urbana em Aracaju. Ele cometeu o maior crime ecológico da história do estado de Sergipe, que foi exatamente o bairro Coroa do Meio. As avenidas que o mar destruiu, o monte de dinheiro que ele gastou com aquele quebra mar. Não foi aquilo que ele prometeu como prefeito. Então, eu tiraria João Alves logo desse parâmetro. E aqui pra nós, o que foi que fez o governo do prefeito Marcelo Deda? Se ele tivesse dito que um dos maiores prefeitos de Aracaju, com todos os erros, com todos os crimes, com todas as denúncias foi Jackson Barreto, ai eu diria que sim. Jackson foi um bom prefeito sim. Ele foi um bom prefeito por que foi um prefeito popular, construiu escolas na periferia, pavimentou a periferia. Mas Deda foi um prefeito para a elite. Jackson errou quando traiu o povo em 98 se juntando com Albano Franco. Em termos de visão para a população mais pobre, Jackson dá de chinela em Marcelo Deda. Eu respeito evidentemente, é o meu presidente, essa é uma opinião dele, mas eu particularmente discordo por que não é essa a visão que eu tenho”, declarou.
O Programa Comércio em Debate acontece de segunda a sexta-feira, das 12h as 14h, na Rádio Comércio.
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