Ministro do STF, Alexandre de Moraes, é chamado de bandido e o filho dele agredido com um soco no rosto

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, usaram as redes sociais neste sábado (15) para condenar a agressão sofrida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes no Aeroporto Internacional de Roma.

Segundo informações divulgadas por veículos de imprensa, o magistrado foi hostilizado na capital italiana e seu filho chegou a ser agredido com um soco no rosto.

“Até quando essa gente extremista vai agredir agentes públicos, em locais públicos, mesmo quando acompanhados de suas famílias? Comportamento criminoso de quem acha que pode fazer qualquer coisa por ter dinheiro no bolso. Querem ser ‘elite’ mas não tem a educação mais elementar”, criticou Dino em sua conta no Twitter.

Pacheco usou a mesma plataforma para condenar o ato. Ele considerou “inaceitável” a agressão sofrida pelo magistrado e sua família e afirmou que tal comportamento distancia do país do progresso.

“Mais do que criminoso e aviltante às pessoas, às instituições e à democracia, esse tipo de comportamento mina o caminho que se visa construir de um país de progresso, civilizado e pacífico”, disse Pacheco.

“Todos os lados precisam colaborar para que o antagonismo fique no campo das ideias e das ações legítimas. Se a Nação, ainda dividida, não é capaz de substituir o ódio pelo amor, que o faça ao menos pelo respeito”, acrescentou o senador.

Vários outros parlamentares se manifestaram. As deputadas Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) estão entre eles.

“O ato é fruto do ódio e da ignorância desses que sempre alimentaram um projeto autoritário, antidemocrático e violento para o nosso país”, disse Jandira.

“Os agressores já foram identificados e inquérito instaurado pela Polícia Federal. Que paguem no rigor da Lei. Nossa solidariedade ao ministro e família”, acrescentou.

Andreia, Alex Zanatta e Roberto Mantovani no Aeroporto de Guarulhos (Foto: Rede Social)

Já o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que é autor de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que atribui ao STF a competência para julgar ações antidemocráticas, afirmou que tentará votar o texto em agosto.

“A agressão de ogros contra Alexandre de Moraes mostra que é hora de punir os crimes de ódio, alguns já tipificados. Vamos enquadrar a intolerância política, como propus no ‘pacote da Democracia’. Vou procurar o relator Veneziano do Rego e o Presidente para votarmos em agosto”, explicou.

Identificação

A família do ministro foi hostilizada no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália. As agressões aconteceram após Andreia Mantovani chamar Alexandre de Moraes e “bandido, comunista e comprado”.

O empresário Roberto Mantovani Filho, do município de Santa Bárbara d’Oeste (SP), que já foi candidato a prefeito pelo PL, é apontado pela Polícia Federal como um dos três brasileiros responsáveis pelas agressões ao ministro e sua família.

Em seguida, Roberto Mantovani Filho gritou e agrediu fisicamente o filho do ministro, acertando um golpe no rosto do rapaz. Com o impacto, os óculos do filho de Moraes chegaram a cair no chão.

Após a agressão, Roberto, Andreia e Alex Zanatta prosseguiram com os xingamentos. Roberto Mantovani Filho agrediu fisicamente o filho do ministro, acertando um golpe no rosto do rapaz. Com o impacto, os óculos do filho de Moraes chegaram a cair no chão.

O ministro Alexandre de Moraes estava na Itália para realizar uma palestra na Universidade de Siena.

Investigação

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou ao delegado geral da Polícia Federal imediata abertura de inquérito para apurar e punir os responsáveis pelas agressões contra o ministro do STF e sua família.




Por Redação, com informações da Agência Brasil
Foto: Rede Social/STF

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