Alessandro explica nomeação de políticos e ameaça fiscalizar parlamentares de SE

Respondendo a uma reportagem publicada pelos portais da Revista Época e do Jornal Folha de S.Paulo, dando conta que o senador sergipano Alessandro Vieira (PPS) teria nomeado em seu gabinete quatro políticos que disputaram mandatos nas últimas eleições, mas foram derrotados nas urnas, o senador rebateu as críticas e justificou as nomeações.

Um dos nomeados é o suplente de senador Fernando Carvalho, que foi nomeado como auxiliar parlamentar intermediário, com salário de pouco mais de R$ 6 mil.

Segundo o Jornal Folha de S.Paulo, o senador nomeou vários candidatos derrotados pela REDE e pelo PPS. Os salários vão de R$ 11 mil a R$ 17 mil. Os candidatos derrotados nomeados no gabinete do senador:

Camila Godinha (REDE) – candidata derrotada a deputada federal pela Bahia (R$ 11.350,08); Felipe Oriá (PPS) – candidato derrotado a deputado federal por Pernambuco (R$ 13.884,28); Alessandro Monteiro (REDE) – candidato derrotado a deputado estadual por São Paulo (R$ 13.884,28), e Zé Frederico (REDE) – candidato derrotado a deputado federal por Goiás (R$ 17.319,31). Os quatro assessores ganham juntos ganham mais de R$ 56 mil por mês.

Resposta

Em um grupo de WhatsApp o senador Alessandro Vieira anunciou que fará um levantamento sobre as equipes de assessorias dos demais parlamentares sergipanos.

“Achei a pauta interessante. Vamos fazer o levantamento das equipes de todos os parlamentares federais sergipanos. Quando estiver pronto, compartilho com vocês”, postou o senador no grupo Café com Política.

O senador havia feito uma seleção para escolher os integrantes de sua equipe no Senado. A escolha seria técnica por meio de um processo seletivo, evitando assim os conchavos políticos, segundo Alessandro Vieira.

A maneira como as nomeações procederam e o fato de o senador ter anunciado concurso público para admitir os seus assessores provocaram desconfiança na população sergipana. Independentemente da forma como se deram as contratações, todas as nomeações feitas pelo senador obedecem à legislação em vigor.

Após repercussão negativa, o senador emitiu uma nota pública nesta quinta-feira justificando as nomeações feitas por ele. A nota se resume em 10 pontos de esclarecimentos.

1) O gabinete no Senado pode contar com até 55 assessores de livre nomeação, a um custo mensal de R$ 227 mil. Optamos por um formato enxuto e inovador: dividimos a demanda entre o gabinete em Brasília, um escritório em Aracaju e um gabinete compartilhado com os deputados federais Tábata Amaral (PDT/SP) e Felipe Rigoni (PSB/ES).

2) Em Aracaju, a equipe destinada essencialmente a atendimento ao público, acompanhamento da execução de emendas, desenvolvimento de projetos regionais e fiscalização, conta com 7 pessoas, sendo 2 contratadas via processo seletivo.

3) O gabinete integrado, em Brasília, conta com 6 servidores, dos quais 3 são vinculados ao Senado. Todos foram contratados via processo seletivo.

4) O gabinete individual, por sua vez, conta com 12 integrantes, dos quais 11 ingressaram via processo seletivo.

5) A economia mensal será de mais de 45 mil mensais, o que vai resultar em uma economia total de mais de 4,5 milhões de reais ao final do mandato.

6) Os colegas do movimento Acredito Alessandra Monteiro, Felipe Oriá e Camila Godinho participaram do processo seletivo, juntamente com mais de 16 mil inscritos. Os três contam com currículos exemplares.

7) José Frederico não participou do processo seletivo, pois foi escolhido como chefe de gabinete, posição que demanda uma relação de confiança maior, impossível de captar via processo seletivo.

8) Em Aracaju, Hebert Pereira, Uilliam Pinheiro, Fernando Prado, Aprígio Neto e Laisa Bomfim participaram da campanha em funções estratégicas. Permaneceram na equipe pelos respectivos currículos e pelo vínculo de confiança com os voluntários e com o próprio senador.

9) Não aconteceu nenhuma indicação do partido ou de algum dos movimentos que integro.

10) Não menos importante, não tem laranja, parente, fantasma ou pessoa sem o mínimo de capacidade técnica para ocupar cargo público.






Foto: Geraldo Magela / Agência Senado

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