Agentes da PRF em Sergipe são afastados das atividades após homem morrer asfixiado em câmara de gás

Os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvidos com a morte do operário Genivaldo de Jesus Santos, que faleceu na quarta-feira (26) após ser algemado, colocado no porta-malas da viatura policial e ser asfixiado por uma câmara de gás, foram afastados das atividades.

Os policiais rodoviários federais Clenilson José dos Santos, Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Adeilton dos Santos Nunes, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas, que fazem parte do Comando de Operações Especiais da PRF em Sergipe, prestaram depoimento à Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal.

Os policiais confessaram no boletim de ocorrência, que o The Intercept Brasil teve acesso, que usaram “espargidor de pimenta e gás lacrimogêneo”, em função da “agitação do abordado”. Eram “tecnologias de menor potencial ofensivo”, garantiram os agentes.

Ainda, segundo o boletim de ocorrência de número 1510422220525111006, registrado pelos policiais, houve emprego do uso “diferenciado da força”, que na opinião dos agentes, ocasionou uma “fatalidade desvinculada da ação policial legítima”. No documento, os policiais fizeram questão de registrar os “delitos” de “desobediência” e “resistência” por parte da vítima.

Os cinco policiais participavam da operação Nordeste Seguro, quando prenderam Genivaldo de Jesus. As imagens da detenção mostram uma ação cruel e incompatível com o relatado à Corregedoria.



Por Redação
Foto: Divulgação

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