Advogada sergipana mais votada na lista tríplice pode ser escolhida por Lula para o TST

A advogada sergipana Roseline Rabelo de Jesus Morais, mais conhecida por Rose Morais, entrou nesta segunda-feira na lista tríplice para uma vaga no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Em votação no pleno do TST, a representante da advocacia sergipana obteve 19 votos, seguida por Adriano Costa Avelino, com 14 votos, e Antônio Fabrício de Matos Gonçalves, que somou 13 votos. Ao todo, seis advogados concorreram a listra tríplice.

Com o resultado, a lista agora segue para apreciação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem compete escolher um dos três para compor o pleno da principal Corte da Justiça do Trabalho. O escolhido ocupará a vaga do ministro Emmanoel Pereira, que se aposentou.

Antes da formação da lista tríplice, os ministros do TST escolheram três nomes da lista sêxtupla encaminhada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB).

Apoio político

Rose Morais faz oposição ao grupo liderado pelo ex-presidente nacional do Conselho Federal da Ordem, Cézar Britto, e o ex-presidente da Seccional sergipana, Henri Clay. Os dois ex-presidentes da OAB apoiaram a candidatura de Lula à Presidência da República, enquanto Rose Morais fez campanha para Bolsonaro. Esse pode ser um fator determinante na escolha do nome pelo presidente Lula. Porém, a bancada sergipana no Congresso Nacional está unida pela escolha de Rose Morais.

“O presidente Lula tem ciência de tudo isso e vai avaliar o currículo, a experiência e o compromisso dos indicados com a justiça trabalhista, mais precisamente com a defesa dos direitos dos trabalhadores e a CLT. Como a Justiça do Trabalho não é um Supremo, esses pontos negativos, politicamente falando, podem até ser relevados na hora da escolha”, analisa uma liderança do PT, que prefere não ser identificada.

Rose Morais é especialista em Direito Transnacional do Trabalho pela Universidade de Castilla-La Mancha, na Espanha, e pós graduada em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Essa é a primeira vez, na história, que a OAB Sergipe tem uma mulher advogada na lista para ministra da mais alta Corte da Justiça do Trabalho.


Por Redação
Foto: Divulgação

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