Adriano Bandeira acusa Sinpol de autoritarismo; sindicato nega e acusa oficial de tentar desestabilizar categoria

A atual gestão do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol/SE) volta a ser alvo de denúncias de autoritarismo, perseguição e tentativa de intimidação. O episódio mais recente envolve o presidente da entidade, Jean Rezende, e os diretores Heráclito e Murilo Portugal, que teriam mirado suas ações contra o oficial de polícia civil Fábio Barreto, atualmente à frente da Delegacia de Proteção Animal (Depama).

Segundo relatos do próprio Fábio, compartilhados de forma reservada e sem intenção de torná-los públicos, os dirigentes sindicais foram até a sede da Depama em um horário em que sabiam que ele não estaria presente. Durante aproximadamente 30 minutos, permaneceram na unidade, tentando obter relatos e depoimentos de servidores para sustentar uma narrativa de supostas irregularidades.

“De maneira covarde e premeditada, os dirigentes sindicais foram até a Depama em um horário em que sabiam que o oficial Fábio Barreto não estaria presente. Permaneceram na unidade por cerca de meia hora, tentando envolver colegas de trabalho numa narrativa forçada, com acusações completamente infundadas”, diz o oficial investigativo Adriano Bandeira, ex-presidente do Sinpol e da Cobrapol.

A acusação apresentada pelos representantes do Sinpol seria de que o oficial Fábio Barreto estaria utilizando a estrutura da delegacia para atividades de cunho político-sindical. No entanto, segundo os relatos, o único suposto “indício” levantado foi uma folha de assinaturas que, no verso, continha um documento reciclado – prática comum em diversas unidades da Polícia Civil.

Adriano Bandeira decidiu tornar público o ocorrido, destacando que sua motivação é única e exclusivamente em defesa da verdade e da honra do colega injustamente atacado.

“Faço este pronunciamento por respeito à verdade e em solidariedade a um colega injustamente atacado. Quero deixar absolutamente claro que não tenho qualquer interesse em voltar à presidência do Sinpol, nem de disputar espaço na política sindical. Meu compromisso é apenas com a ética, com a justiça e com a defesa da honra de quem está sendo alvo de um ataque injusto”, reforçou.

Adriano também lamentou a postura adotada pela atual gestão do sindicato, que, segundo ele, tem se distanciado das verdadeiras demandas da categoria.

“O sindicato não pode ser instrumento de perseguição pessoal. Esse tipo de conduta mancha a história da entidade e fragiliza a união e o respeito entre os policiais civis de Sergipe”, declarou.

O episódio acende um alerta sobre os rumos da atual administração do Sinpol e reforça a necessidade de mais responsabilidade, equilíbrio e, sobretudo, respeito entre os profissionais que integram a Polícia Civil do estado.

Defesa

Em nota, o Sinpol/SE negou qualquer ato de perseguição e afirmou que as ações realizadas pelos dirigentes sindicais têm caráter institucional, dentro das atribuições do sindicato, e não configuram qualquer tipo de assédio ou intimidação pessoal.

“O sindicato atua na defesa dos interesses coletivos da categoria e repudia qualquer tentativa de distorcer os fatos com viés político ou pessoal”, destacou a entidade.

Ainda, segundo a direção do sindicato, a visita à delegacia teve como objetivo apurar situações que chegaram ao conhecimento do sindicato por meio de filiados, reforçando que é dever da entidade fiscalizar e assegurar que os espaços e recursos públicos estejam sendo utilizados de acordo com as normas institucionais.

“A atuação do Sinpol é pautada na legalidade, na ética e no compromisso com toda a categoria. Não há qualquer motivação pessoal nas ações realizadas”, ressaltou a diretoria.

A direção também classificou como “infundadas e levianas” as acusações feitas por Adriano Bandeira e afirmou que medidas legais estão sendo avaliadas para responsabilizar quem, segundo eles, tenta desestabilizar o sindicato e criar conflitos internos na categoria.



Por Redação
Foto: Divulgação

Comente

Participe e interaja conosco!

Arquivos

Categorias

/* ]]> */