Como visto e vivido por todos, os anos de 2020 e 2021 ficarão para sempre na lembrança das pessoas e registrados na história contemporânea mundial, como dos mais sombrios. O sofrimento e o medo foram a tônica daqueles dias. Como sempre, também, nessas situações, o empenho, a determinação e o senso de ajuda comum fazem parte desses capítulos da história.
Passado quase um ano desse período mais crítico cabem reflexões sobre o que podemos tirar de aprendizados e, além disso, entendermos os papéis relevantes e contribuições de algumas pessoas.
Nesta segunda reflexão, “data vênia”, queremos ressaltar o papel profícuo de um colega Hematologista e Hemoterapeuta, Dimas Covas, que como testemunhado por todos nós, foi de crucial importância na “batalha” travada contra o vírus SARS-COV-2.
O Dr. Dimas, assim claro, como outros, empenhou-se de forma incansável nessa batalha, inicialmente inglória, sempre acreditando que o único caminho que traria luz ao fim do túnel seria o da ciência, do trabalho incansável e da união.
À frente do Instituto Butantan, Dimas sabia que o Brasil teria capacidade e competência para trilhar esses caminhos, no combate a essa nova doença, que rapidamente assolaria o mundo e se transformaria em uma das piores pandemias já vividas pela humanidade. Desde os primeiros momentos, não deixou de envidar todos os esforços que o Instituto Butantan, pela sua relevância técnica e científica, deveria e poderia envidar.
O papel do Butantan não deveria, somente, estar restrito à sua vocação de produtor de vacinas, mas, também, ao aspecto social e humanitário, marcas históricas desta grandiosa Instituição. Dessa forma, inúmeras foram as ações relevantes realizadas pelo Instituto Butantan no combate à pandemia, sendo, de longe, a mais relevante, a busca pela vacina. Nesse sentido, a parceria com os chineses foi assertiva e permitiu que os brasileiros pudessem ser vacinados, mudando o curso da doença.
Outras ações do Instituto Butantan também devem ser ressaltadas, como a compra de aparelhos respiradores, em uma época que o mundo todo buscava, na maioria das vezes sem sucesso, por esse produto. Essa foi uma ação social incomensurável.
Ainda, em um momento em que as vacinas não estavam disponíveis, o Instituto Butantan organizou e efetivou a coleta de plasma convalescente, de pacientes que se curavam da COVID-19, para tratar pacientes em estado grave da doença. Essa iniciativa distribuiu plasma convalescente para outros estados do Brasil e para várias cidades do Estado de São Paulo.
Entre as importantes iniciativas do Instituto Butantan, a construção de uma nova planta industrial para a produção de vacina contra a COVID-19 – 100% brasileira, a BUTANVAC, garantirá total autonomia nacional na produção dessas vacinas.
Desta forma, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) vem a público externar o seu reconhecimento e agradecimento a esse colega que, de forma competente, séria e irrepreensível, à frente do Instituto Butantan, ajudou a mudar a curso da COVID-19 no Brasil.
Fonte: ABHH
Foto: Butantan
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