Essa pandemia revelou as contradições dos cínicos neoliberais. Em meio a crise pandêmica, quem doa testes e material de higiene e segurança é a Petrobras (estatal), na contramão disso, os milionários Roberto Justus, Luciano Hang (dono da Hanvan), Junior Durski (dono do Madero) e Alexandre Guerra (dono do Giraffas) ironizam vidas que serão perdidas, em detrimento as perdas econômicas que terão.
Na verdade, quando uma crise como essa ocorre, o neoliberalismo e a mão invisível se calam. Amoedo fica escondidinho, enquanto é a Xuxa que doa 1 milhão de reais. É nessa hora que a maior autoridade do país prefere que morram pessoas, em vez de contrariar seus amigos milionários, instituindo o Imposto sobre Grandes Fortunas e o alto escalão do serviço público, para diminuir salários e colocar dinheiro nas mãos dos miseráveis desse país.
Quando ocorre uma guerra é o Estado quem deve bancar tudo e todos. Os EUA, aquele país que o Bolsonaro lambe as botas, vão mobilizar R$ 2 trilhões de dólares para dar renda mínima de mil dólares para quem precisa. Argentina vai pagar 10 mil pesos para quem ficar sem renda por crise do coronavírus. E não é para bancos e para planos de saúde: é para colocar na mão do pobre através de renda mínima.
Já o Bolsonaro, em vez de tirar de quem mais tem e dar a quem mais precisa, suscitou a possibilidade de deixar o trabalhador por 04 (quatro) meses sem emprego. É um genocida!
Quem quiser defender a fala aberrante do presidente que defenda. Mas não subestime a nossa inteligência. Ele precisa ser homem e tomar as posturas necessárias, mesmo que tenha que tirar um pouco das fortunas de quem o ajudou a se eleger.
Caio César é especialista em Direito Público pela PUC-MG. Atualmente é policial civil. Já foi advogado e agente de trânsito. Também é formado em Programação e Suporte em Sistemas Computacionais pelo Instituto Federal de Sergipe. Em 2016 foi candidato a vice-prefeito de Aracaju.
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