O feriado alusivo à Independência do Brasil é uma data marcante que busca despertar o sentimento do patriotismo, a manutenção da nossa memória histórica, da valorização da nacionalidade e da alegria em pertencer a uma nação que tem uma cultura rica, em suas múltiplas dimensões: música, dança, teatro, literatura, artes plásticas, esporte e até mesmo nas características da nossa gente. Compreender a importância da constituição da nossa nação e despertar o sentimento patriota é uma construção que passa pela família, escola, local de trabalho e tantas outras instituições. Assim, surge a indagação: o brasileiro sabe amar o Brasil?
É natural aproveitarmos o feriadão de 7 de Setembro, como tantos outros, para momentos de lazer com a família, com amigos; para colocar a vida doméstica em ordem; para viajar ou acordar cedo para garantir um lugar privilegiado para assistir ao desfile alusivo à data que ocorre em todas as regiões do país. E nesse momento o patriotismo vem à tona, permeado de amor ao Brasil. E não há problema nenhum em ser patriota, em admirar a nossa bandeira, nosso Hino Nacional e os demais símbolos nacionais. Não há problema em circular por diversas partes do mundo e sentir falta do calor brasileiro, seja relacionado ao clima ou à receptividade das pessoas. Essa é a nossa marca.
Acredito que a nossa nação tem todas as condições objetivas de avançar na direção de uma sociedade mais próspera, com mais igualdade, humanidade e segurança. Nesse sentido, é importante que o brasileiro adquira consciência crítica, participação cívica e cidadã; que protagonize o seu amor pelo Brasil independente de convicções ideológicas, políticas ou religiosas. Não podemos permitir que o sentimento de patriotismo se fragilize ainda mais. O Brasil não pode ser ignorado; precisa ser protagonizado em nossas atitudes, na rotina diária, no compromisso ético de cada cidadão. Precisamos inclusive despertar nas futuras gerações que não cometam os equívocos da atualidade. O respeito à Pátria precisa ser incentivado, valorizado e reconhecido.
Por mais que a data 7 de Setembro esteja permeada de um sentimento de orgulho nacional, afirmação da identidade e até aproximação com a nossa própria ancestralidade, muitos integrantes da geração atual não sabem a letra do Hino Nacional; não conhecem a história do país e se mostram orgulhosos do país apenas em momentos de torcida no cenário esportivo. E o Brasil é muito maior que isso. Sergipe é maior. Aracaju é maior. Precisamos levantar a bandeira do otimismo, da perseverança, do desenvolvimento, da esperança e da resiliência para a nossa Pátria. Somos mais do que uma camisa verde e amarela.
O amor à Pátria não se cobra nem se ensina, mas pode ser trabalhado pelo Estado e pelas próprias famílias com estratégias voltadas para o despertar do patriotismo. Um sentimento de orgulho coletivo que pode colaborar para o bem comum, a justiça e a construção solidária de uma nação que naturalmente conta com seus desafios, mas que também nos envaidece em muitas ocasiões. Precisamos amar o país onde vivemos, conhecer a nossa história, geografia, atualidades, costumes. Essa trajetória depende de cada um de nós. Você já começou a fazer a sua parte?
Adriano Bandeira é policial civil, bacharel em Direito e em Ciências Contábeis, especialista em Gestão Tributária e Planejamento Fiscal, presidente da Confederação Brasileira dos Policiais Civis, e articulista colaborador do Hora News.
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