Alessandro Vieira entra na Justiça para barrar campanha do governo sobre coronavírus

Uma publicidade do governo federal que está sendo veiculada em redes sociais vem sendo motivo de revolta e indignação de boa parte da sociedade e da classe política.

A campanha “O Brasil Não Pode Parar”, lançada em meio à pandemia do novo coronavírus, estimula o isolamento de idosos e de pessoas que integrem grupos de risco, enquanto para os demais a peça aconselha o distanciamento entre eles, quando o Ministério da Saúde orienta as pessoas a ficarem em casa por causa do coronavírus.

Para o senador Alessandro Vieira (Cidadania), que entrou na Justiça pedindo a suspensão da peça publicitária, o valor a ser gasto com a campanha deveria ser destinado a saúde para salvar vidas.

“Essa campanha, cujo custo estimado equivale ao valor necessário para a aquisição de cerca de 4 milhões de testes rápidos de Covid-19, indispensáveis para salvar vidas, não se destina a orientar ou esclarecer a população sobre as melhores práticas neste momento de crise”, observa o senador, que lamenta a postura do presidente Bolsonaro, totalmente oposta às recomendações das autoridades máximas da saúde no Brasil e no mundo.

“Em verdade, o recurso público está sendo utilizado para a disseminação de uma visão pessoal do Presidente da República, totalmente oposta à orientação da Organização Mundial da Saúde e do próprio Ministério da Saúde de seu governo”, critica Alessandro.

A ação movido pelo senador sergipano e mais dois deputados federais – Felipe Rigoni (PSB-ES) e Tabata Amaral (PDT-SP) – pede ainda que seja declarada nula a dispensa de licitação para a realização da propaganda, com a restituição integral dos recursos gastos. 

Secom

Em nota enviada à imprensa, a Secretaria de Comunicação Social afirma que “trata-se de vídeo produzido em carater experimental, portanto, a custo zero e sem avaliação e aprovação da Secom. A peça seria proposta inicial para possível uso nas redes sociais, que teria que passar pelo crivo do Governo. Não chegou a ser aprovada e tampouco veiculada em qualquer canal oficial do Governo Federal”.

Peça publicitária veiculada nas redes sociais



Por Redação
Foto: Agência Senado

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