A professora Sônia Meire, pré-candidata a deputada estadual pelo PSOL, está sendo criticada por setores do partido por ter desrespeitado uma deliberação da Executiva Estadual, em relação a participação da legenda no ato de lançamento das pré-candidaturas de Rogério Carvalho (PT) ao Governo do Estado, e de Valadares Filho (PSB) ao Senado Federal, com a presença do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, pré-candidato ao Palácio do Planalto.
Em reunião da Diretoria Estadual do PSOL, segundo nota encaminhada ao Hora News, ficou determinado que o partido, “por divergência política local, não estaria institucionalmente representado no ato realizado no último sábado, no Centro de Convenções, por se tratar do lançamento das pré-candidaturas de Rogério Carvalho e de Valadares Filho, sobre as quais o partido tem diferenças táticas e programáticas”.
No entanto, a professora Sônia Meire, suplente de vereadora, um dos principais nomes da legenda, se fez presente no ato e discursou em nome do partido, ignorando a deliberação aprovada no dia 17 de junho pela Executiva Estadual.
O que também causou espanto para lideranças do PSOL e até de outros partidos, foi o fato da vereadora Linda Brasil, mulher trans, eleita em primeiro lugar nas eleições municipais de 2018 para a Câmara Municipal de Aracaju, com mais de 5 mil votos, não ter feito o uso da palavra, sendo garantida a voz apenas a suplente Sônia Meire.
Falando “indevidamente” em nome do partido, Sônia Meire anunciou que o PSOL não terá candidatura própria, mas terá nomes para a Câmara Federal e o Senado da República.
“O PSOL pela primeira vez não teve candidatura própria porque nosso partido tem consciência da necessidade da unidade da esquerda brasileira para derrubar esse neofacista. Nós somos do PSOL, nós temos diferença em vários estados, não vamos juntos aqui com o PT, mas estamos juntos na sua campanha. Nós vamos também colocar as nossas pré-candidaturas a federal e senador para lhe ajudar a reconstruir o país”, discursou a professora.
A legenda garante que terá “candidaturas próprias ao Governo de Sergipe, ao Senado Federal e apresentará chapas competitivas para a Assembleia Legislativa e para a Câmara Federal”. Ainda, segundo o partido, a “militância psolista e as suas candidaturas estarão nas ruas e nas urnas para eleger Lula o nosso presidente da República e para ocupar, resistir e esperançar por mudanças fundamentais através dos mandatos populares, libertários e socialistas”.
Por Redação
Foto: YouTube/Divulgação
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